China vai criar marca própria de carros elétricos

China vai criar marca própria de carros elétricos

Grande interesse da população nos veículos elétricos levou a que a China vá criar marca própria de carros elétricos! De recordar que o país possui um dos mercados mais importantes do mundo para o setor automóvel.

Atualmente os produtores europeus de automóveis são quem lidera a indústria de veículos novos vendidos, a China bem quer dominar tal mercado, mas primeiro tem que desenvolver uma marca de automóveis que consiga rivalizar com Audi, BMW, Mercedes e algumas das marcas da General Motors.

Mas de momento o objetivo do presidente Xi Jinping passa por reescrever a legislação das estradas chinesas de modo a diminuir a dependência da nação do petróleo importado, e assim permitir que a indústria automóvel melhore!

Novas regulamentações ambientais e novos incentivos à produção automóvel poderiam acelerar o desenvolvimento dos veículos elétricos, dando assim a oportunidade da China conseguir desenvolver uma marca de automóveis de classe mundial.

Essas metas já foram conseguidas com os campeões nacionais do comércio eletrónico (o Grupo Alibaba), nas redes sociais (Grupo Tencent) e nos smartphones (na Huawei).

Agora, Pequim, está decidida a identificar as empresas com maior potencial para desenvolver veículos alternativos de passageiros. Atualmente existem cerca de 80 empresas com esse tipo de projetos. Depois de identificadas os fabricantes mais fortes, irão ajudar, com recurso a subsídios, para que estes consigam estar ao lado dos principais fabricantes mundiais de automóveis.

William Li, fundador da NIO (startup chinesa que começou a receber pedidos de um SUV elétrico em dezembro) garante que “com o desenvolvimento de veículos elétricos inteligentes, os fabricantes automóveis chineses têm uma grande oportunidade de desenvolver marcas de prestígio. Podemos mudar as estradas e conduzir”. Declarações proferidas depois de no mês anterior ter recebido quase um bilião de dólares de investidores, como a Tencent.

Mercado de veículos elétricos na China

Enquanto a Volkswagen e a Toyota ultimam as suas estratégias de introdução de veículos elétricos na China, os chineses já podem adquirir uma NIO ES8 com um alcance de 500km com uma única carga.

O preço de venda deste veículo elétrico chinês é de cerca de 68000 dólares. Pouco mais de metade do custo de aquisição de um SUV Tesla X (cerca de 135000 dólares).

Assim os veículos elétricos da NIO têm grandes probabilidade de sucesso do que outras startups chinesas. Esse sucesso deve-se aos seus patrocinadores financeiros, que além da Tecent, incluem a Baillie Gifford & Co e a Sequoia Capital.

China lidera as vendas mundiais de veículos elétricos!

Em 2015 foi o ano de viragem para a China, tendo ultrapassado a Europa na venda de veículos elétricos. Em 2017 as vendas superaram as 700000 unidades vendidas e em 2018 é estimado que consigam vender mais de um milhão! Informação dada por Xu Haidong, Secretário-geral Adjunto da Associação de Fabricantes de Automóveis na China!

O domínio é de marcas chinesas, sendo que até 2025 o Governo estabeleceu o objetivo de ter em circulação sete milhões de veículos elétricos. E para isso está a distribuir subsídios e agravando a legislação dos veículos de motores a combustão.

Carro elétrico Chinês - Kandi
Carro elétrico Chinês – Kandi

Subsídios para aquisição de veículos elétricos chineses

De 2009 a 2015 já foram gastos mais de 7000 milhões de dólares na compra de veículos elétricos nacionais. Em 2016 e 2017 ter-se-ão gasto algo como 10000 milhões de dólares. Dados fornecidos por Cui Dongshu Secretário-geral da Associação de Automóveis de Passageiros Chinesa.

De modo a aumentar ainda mais a procura, a China vai dar um desconto fiscal de 10% a todos os compradores de veículos elétricos. Subsídio alargado até 2020. Segundo Kai Johan Jiang, Presidente da Saab desde 2012 “Este é o melhor momento para estar no mercado dos automóveis elétricos”.

Projeções para 2019

Prevê-se que haja mais empresas a trocar o fabrico de automóveis tradicionais para automóveis alternativos.

Empresas que fabriquem ou importem mais de 30000 unidades automóveis tradicionais na China têm que aumentar os seus veículos novos (alternativos) em cerca de 10% da sua frota.

Em 2020 essa percentagem aumenta para 12%.

Quem não conseguir cumprir com a quota, pode comprar créditos aos seus rivais, ou pagar multas. Esse sistema de limite e intercâmbio irá ajudar fabricantes de veículos elétricos em excesso como a BYD, e NIO.

Nesse sentido iremos ter uma maior concorrência no mundo dos veículos elétricos. Segundo Klaus Rosenfeld, Diretor Executivo da Schaeffler AG (fabricante de peças automóveis) “É óbvio que as empresas chinesas querem vender os seus automóveis no estrangeiro. Sabem que não conseguem competir com os motores de combustão no nosso mercado. Assim, a troca por veículos elétricos pode ser uma grande oportunidade para eles”.

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