Atrasos de um ano em ligação de parques eólicos à rede no Brasil

Iberdrola assina contrato de manutenção de parques eólicos com GE-TAMOIN

As centrais de conexão compartilhada (ICGs) que farão a conexão de parques eólicos no Rio Grande do Norte e na Bahia à rede estão com atrasos devido ao licenciamento ambiental.

Com isso, centrais que deveriam entrar em operação em julho deste ano estão sem previsões de quando poderão iniciar a produção. A Chesf, que é responsável pela construção das unidades de transmissão, enfrenta problemas no licenciamento ambiental das instalações com atrasos que poderão ser até um ano.

Assim, parte dos parques eólicos que venderam energia no primeiro leilão exclusivo para a contratação de eólicas, promovido pelo governo em 2009, deve conseguir agregar a produção ao sistema somente em 2013.

Enquanto isso, a Chesf tem se reunido com os responsáveis pelas centrais de produção e com os órgãos ambientais para tentar acelerar o processo.

Apesar do problema para a rede, os investidores, a princípio, não seriam prejudicados,. Uma vez que comprovem que estão preparados para operar, receberão normalmente as receitas a que têm direito.

Mas, contrariando a aparente tranquilidade, uma empresa conta que há, sim, prejuízos inesperados com o entrave das ICGs. Uma dessas questões envolve os acordos de operação e manutenção dos parques eólicos. “Cuidar de um parque parado é diferente (de um que está funcionando). É (mais) difícil, então tenho que fazer uma nova forma de contrato”, explica a fonte.

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) estima que 636MW em centrais de produção no Rio Grande do Norte e na Bahia serão afetadas pelo atraso das ICGs.

A questão será discutida em breve na Aneel, que abriu processo sobre o assunto e sorteou como relator o diretor Romeu Rufino.

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