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Nova célula solares baseada em perovskita

Gerar tecnologias novas, mais baratas e menos impactantes para o meio ambiente é o desafio de nossos tempos. Assim, surge um novo tipo de célula solar, com um material mais barato que o silício, que pode gerar tanta energia quanto as células solares atuais.

Nova célula solar baseada em perovskita, mais sustentabilidade na ponta dos dedos

Embora o potencial do material esteja a começar a ser entendido, ele chamou a atenção dos principais cientistas de energia solar do mundo, e várias empresas já estão a trabalhar para comercializá-lo.

Cientistas dedicados ao desenvolvimento da tecnologia dizem que ela pode levar a painéis solares que custam apenas 10 a 20 centavos (7,5 e 15 centavos) por watt.

Hoje, os painéis solares normalmente custam cerca de 75 centavos (56 centavos) por watt, e o Departamento de Energia dos EUA afirma que 50 centavos (37 centavos) por watt permitirá que a energia solar concorra com os combustíveis fósseis.

O novo material poderia permitir obter o melhor dos dois mundos: células solares muito eficientes, mas também baratas de fabricar.

Um dos principais pesquisadores de energia solar do mundo, Martin Green, da Universidade de New South Wales, na Austrália, ressalta que a velocidade do progresso tem sido surpreendente. As células solares que usam o material “podem ser fabricadas com tecnologia muito simples e potencialmente muito barata, e a eficiência está a aumentar significativamente”, afirma Martin Green.

O mineral perovskita é conhecido há mais de um século, mas ninguém havia pensado em testá-la em células solares até recentemente. O material específico que os cientistas estão a usar é particularmente muito bom em absorver luz.

Enquanto os painéis solares de silício convencionais usam materiais com cerca de 180 micrómetros de espessura, as novas células solares usam menos de um micrómetros de material para capturar a mesma quantidade de luz solar. O pigmento é um semicondutor que também é bom para o transporte da carga elétrica criada quando é atingida pela luz.

Será possível pulverizar o material em casas, arranha-céus e teoricamente em todo o tipo de edifícios e estruturas para que energia solar seja convertida em energia elétrica sem a necessidade da instalação de painéis específicos.

“O material é muito barato”, diz Michael Grätzel, famoso na indústria solar por ter inventado um tipo de célula solar que leva o seu nome. O seu grupo produziu as células solares de perovskita mais eficientes até agora e convertem 15% da energia da luz solar em eletricidade, muito mais do que outras células produzidas mais baratas.

Com base no seu desempenho até agora e nas suas propriedades conhecidas de conversão de luz, os pesquisadores afirmam que a sua eficácia pode facilmente chegar a 20 ou 25 por cento, um valor tão bom como o recorde (geralmente alcançado nos laboratórios) dos tipos mais comuns de células solares atualmente.

A eficiência das células solares produzidas em massa pode ser menor. Mas faz sentido comparar a eficiência laboratorial das células de perovskita com os registos laboratoriais de outros materiais.

Grätzel diz que o uso de perovskita em células solares provavelmente resultará num material “indulgente” que retém alta eficiência na produção em massa, uma vez que os processos de fabricação são simples.

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