Índia começa a abandonar carvão: exploração atual é dispendiosa

Atualmente 65% da produção de carvão custa mais do que as energias renováveis, solar e eólica! Assim, a era do carvão na Índia estará a terminar, estando previsto que dentro em breve a era das energias renováveis domine o tema na Índia!

Entre 2016 e 2017 o carvão forneceu 80% das necessidades energéticas da Índia, mas atualmente a economia está a dar a volta e a pedir as energias renováveis, que é mais barata de construir e de gerir do que as atuais centrais termoelétricas a carvão.

Custo das energias renováveis

Em menos de dois anos, as energias renováveis viram o seu preço descer quase 50%, sendo que a previsão é que continuem a descer progressivamente (à medida que vão sendo melhoradas as tecnologias).

Motivo pelo qual levou a que a produção solar e eólica seja atualmente 20% mais barata do que nas centrais termoelétricas, o que se ressentiu na eletricidade gerada pelo carvão.

O ponto de viragem foi durante os anos 2016 e 2017, quando as energias renováveis ultrapassaram o carvão com o dobro da capacidade de produção instalada. O que levou a que as centrais termelétricas apenas operassem metade do tempo, ponto que é essencial para o meio-ambiente, pois na Índia praticamente todas as centrais não respeitam os limites de poluição atmosférica!

É expectável que até 2027, por recomendação das autoridades indianas para a eletricidade, que as centrais fechem quase 50GW de produção de energia por carvão. As que se mantiverem a operar, irão gastar milhões para ficarem dentro da lei, por isso, o mais certo é que cada vez mais centrais fechem, e surjam novas instalações baseadas nas energias renováveis!

Problema do carvão na Índia

No entanto, apesar de pretenderem reduzir o consumo de carvão, há o facto de as necessidades energéticas da Índia duplicarem na próxima década! Necessitando de pelo menos 275GW, necessidades que terão de ser garantidas.

Não havendo carvão, devido à redução expetável das centrais termoelétricas e ao facto de muitas não terem capacidade para se atualizarem consoante as normas antipoluição, será necessário que as energias renováveis preencham essa falha, e terá que ser até 2027!

Este será o ponto que irá levar ao desenvolvimento e aposta nas energias eólica e solar para produção de eletricidade massiva!

Como irá o setor do carvão lidar com esta quebra de lucro?

Ora, a aposta nas energias solar e eólica garante preços 20% mais baratos do que o carvão. E continuarão a descer no futuro. E a indústria do carvão não conseguirá garantir custos mais baixos no valor do megawatt hora (MWh).

Pois as centrais termoelétricas encontram-se obsoletas e atualizar as mesmas não sai barato. Assim durante a próxima década quase não se preveem novas centrais termoelétricas, mas sim uma redução para menos de 5GW (quando as necessidades serão superiores a 20GW totais).

Esta tendência já foi visível desde 2010. Em que a procura por eletricidade cresceu devagar, enquanto as energias renováveis desenvolveram-se rapidamente, o que provocou a que as centrais termoelétricas reduzissem a sua capacidade de 78% em 2010 para 57& em 2017.

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