Fusão entre Siemens e Gamesa leva a despedimentos em Espanha

Fusão entre gigantes eólicos Gamesa e Siemens

A fusão entre Siemens e Gamesa em Espanha, cujo nome operacional é Siemens Gamesa Renewable Energy, vai ter como consequência o despedimento de trabalhadores que se prevê variar entre 500 a 1000 despedimentos.

No portfólio da nova empresa estará a gestão de 75GW por todo o mundo. Ficando assim presente em mais de 90 países e com quase 27000 trabalhadores, desde o design e fabricação de turbinas eólicas até à instalação, bem como operação e manutenção.

Entre 500 a 1000 despedimentos em Espanha

Como acontece em todas as fusões de empresas, há duplicidade de postos de trabalho e assim haverá trabalhadores excedentários.

A Gamesa possui por todo o mundo cerca de 8000 trabalhadores, dos quais, cerca de 3000 trabalham em Espanha. Sendo que em Navarra há mais de 1600 e no País Basco outros 700. Digo postos de trabalho diretos, pois indiretos serão muitos mais.

Fontes próximas do processo de fusão dizem “Em Espanha vai haver duplicidade de postos de trabalho, pois a tecnologia da Siemens e da Gamesa são parecidas e assim o número de trabalhadores pode vir a ser reduzido entre 500 a 1000 trabalhadores”.

Em abril a direção da empresa já se havia reunido com os sindicatos e informado que a empresa não precisava de uma reestruturação, pois estava equilibrada devido aos processos de ajuste que entraram em vigor em 2012. Tanto que um dos sindicatos assegurou “Se mais tarde fossem necessários novos ajustes, seria por razões de mercado, e não pela fusão com a Siemens Wind Power, que se comprometiam a fazer a fusão sem medidas drásticas”.

Mas a verdade é que algo deve ter mudado na segunda metade do ano de 2017, pois são várias entidades asseguram que Espanha é o país que mais vai sofrer com esta fusão! “Pois é onde podem surgir mais duplicidades de postos de trabalho, na Índia ou na Ásia não haverá tais problemas, mas em Espanha terá que se esperar para ver o que acontece, especialmente quando a unidade de pás começar a operar em Tanger (Marrocos), que a Siemens já anunciou que a sua produção será para fornecer os mercados europeus, africano e médio oriente”.

Nesse mesmo comunicado a Siemens disse que um dos motivos para instalar a fábrica em Marrocos era a sua força de trabalho, jovem, qualificada e motivada! Esta fábrica irá empregar mais de 700 pessoas, e se a nova empresa decidir seguir as leis do mercado, irão optar pela otimização de custos, e logicamente os que sobreviverão serão aqueles com salários mais baixos, e como tal as primeiras fábricas a fechar poderão ser as dinamarquesas.

Tendo sido esse o motivo do encerramento das fábricas de pás eólicas na Alemanha (em Tillsonburg) e no Canadá (em Ontário).

Relativamente a Espanha, ainda não se sabe todos os pormenores do plano de fusão entre a Siemens e a Gamesa, há que esperar pelos detalhes para assim se pormenorizar os aspetos de trabalhadores.

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