França aprova 288 projetos de energia solar e eólica

Energias Renováveis - Eólica e Solar

França aprova 288 projetos de energia solar fotovoltaica e eólica com uma capacidade total de 1.700 MW

A ministra da transição energética Francesa Elisabeth Borne, informou durante uma conferência um conjunto de medidas para o apoio de projetos relacionados com o setor das energias renováveis que ajudará a dinamizar o setor durante a atual crise do COVID-19.

Em simultâneo Elisabeth Borne anunciou a luz verde para o avanço de aproximadamente 300 projetos de energia eólica e solar fotovoltaica que foram os vencedores do último leilão energético em França.

A capacidade dos projetos anunciados totaliza os 1.700 MW e vai permitir à França alcançar os objetivos definidos na programação energética anual, o EPP.

Os apoios do governo Francês ao setor energético

A crise do COVID-19 faz com que os promotores Franceses de energias renováveis enfrentem grandes dificuldades principalmente no que se refere à finalização de atuais projetos que se encontram ainda em construção e no lançamento de projetos futuros.

O Governo Francês definiu assim um conjunto de medidas de apoio ao setor:

  • Vai permitir o adiamento de prazos de forma a não penalizar projetos devido à atual crise;
  • Definiu para cada setor energético um período fixo de forma a permitir uma adaptação após o COVID-19;
  • Congelamento durante três meses do preço de compra de eletricidade para os pequenos projetos de energia solar fotovoltaica (estava estabelecido que o preço deveria diminuir após dia 1 de Abril);
  • Foi apresentada proposta para nova calendarização dos próximos leilões de energias renováveis.

Relativamente aos projetos agora aprovados, Elisabeth Borne aprovou 288 projetos de energia eólica e energia solar fotovoltaica que estavam associados aos últimos leiloes energéticos.

Do pacote de 288 projetos, 35 pertencem ao setor eólico onshore com uma capacidade de 750 MW, sendo que o preço médio atribuído foi de 62.9 € / MWh.

Ministra Francesa - Elisabeth Borne
Ministra Francesa – Elisabeth Borne

Os projetos de energia solar fotovoltaica estão distribuídos da seguinte forma:

  • 88 projetos de energia solar fotovoltaica terrestre com uma potência atribuida de 649 MWp com um preço médio de 62.11 € / MWh;
  • 39 projetos de energia solar fotovoltaica considerados como inovadores, como por exemplo os projetos relacionados com a indústria agrícola, com uma potência de 104 MWp e um preço médio de 82.8 €/MWh;
  • 12 projetos solares fotovoltaicos localizados na região do Alto Reno que suportem o encerramento da central de Fessenheim com uma capacidade total de 94.2 MWp e com preço médio de 55.78 € / MWh para projetos terrestres, com preço médio de 92 € / MWh para projetos instalados em telhados com potência superior a 500 kWp, e um preço médio de 98.5 € / MWh para instalações em telhados de potência inferior a 500 kWp;
  • 30 projetos solares fotovoltaicos em regime de autoconsumo com potência instalada de 11.8 MWp, sendo o preço médio de 15.97 € / MWh.
  • 84 projetos solares fotovoltaicos localizados na região do ultramar e em Córsega com uma capacidade de 101.7 MWp, sendo os preços médios de 108.2 € / MWh para projetos que incluam armazenamento, para os outros projetos o valor médio ronda os 96.2 € / MWh;
  • 37 projetos solares fotovoltaicos sem armazenamento com uma capacidade de 44.1 MWp com preço médio de 96.2 MWh.

As principais entidades vencedoras dos projetos aprovados são:

  • Boralex;
  • EDPR;
  • Enertrag;
  • Engie.

Todos os projetos agora aprovados entrarão em serviço de forma gradual e no final irão produzir 2.6 TWh de energia elétrica através de fontes de energia renovável por ano, este valor irá contribuir para os objetivos energéticos traçados pelo governo Francês.

A ministra Elisabeth Borne declarou:

“A crise sanitária que nos afeta não deverá de forma alguma fazer com que renunciemos aos ambiciosos objetivos em termos da política energética do nosso país. Os 300 projectos de energias renováveis vencedores que foram agora aprovados são uma prova da vontade de continuidade da política do sistema energético…”.

Deixe um Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Rolar para cima