Donald Trump, ex-presidente e agora Presidente-eleito dos Estados Unidos, anunciou a intenção de implementar uma política que proíba a construção de turbinas eólicas em território norte-americano.
Durante uma conferência de imprensa realizada ontem, Trump reafirmou a sua oposição de longa data ao setor eólico, tanto onshore como offshore.
Declarações polémicas sobre Energia Eólica
O Presidente-eleito foi direto ao afirmar:
“Vamos implementar uma política onde não serão construídas mais turbinas eólicas.”
Trump argumentou que as turbinas eólicas “poluem visualmente o país“, são indesejadas pela maioria da população e representam um custo elevado. Segundo ele:
“É a energia mais cara que existe. É muitas vezes mais cara do que o gás natural limpo.”
Estas declarações reforçam a posição que Trump tem defendido há anos, criticando o setor eólico, tanto a nível ambiental como económico.
Histórico de oposição ao Setor Eólico
Trump tem uma longa história de oposição às turbinas eólicas. Durante o seu primeiro mandato, tentou várias vezes limitar a expansão do setor, alegando preocupações estéticas, custos elevados e impacto negativo no turismo.
Ele chegou a prometer, no passado, assinar uma ordem executiva para restringir o desenvolvimento de projetos eólicos logo no primeiro dia do seu regresso à Casa Branca.
Críticas à política energética do Reino Unido
Recentemente, Trump também criticou a política energética do Reino Unido, sugerindo que o país deveria evitar a construção de mais turbinas offshore.
Estas declarações foram feitas num contexto de crescente investimento britânico em energia renovável, particularmente em parques eólicos offshore que são considerados uma peça-chave na estratégia de transição energética do Reino Unido.
Planos para expandir perfurações offshore
Além de atacar o setor eólico, Trump anunciou que pretende reverter a proibição da administração Biden sobre perfurações offshore. Ele também mencionou planos para renomear o Golfo do México como “Golfo da América”, numa tentativa de reforçar a soberania e identidade nacional.
Impacto e reações
As declarações de Trump geraram reações mistas. Grupos de defesa ambiental criticaram duramente os comentários, acusando-o de ignorar os benefícios da energia renovável, como a redução de emissões de carbono e a criação de novos empregos.
Por outro lado, setores ligados à indústria do gás e petróleo expressaram apoio às suas propostas, destacando os benefícios económicos das perfurações offshore.
Energia Eólica: Realidade e controvérsias
Ao contrário das alegações de Trump, especialistas afirmam que os custos da energia eólica têm vindo a diminuir significativamente ao longo da última década, tornando-a uma das fontes de energia mais competitivas do mercado.
Dados recentes indicam que o custo por megawatt-hora da energia eólica é, em muitos casos, inferior ao do gás natural e do carvão, especialmente em áreas com políticas que incentivam a descarbonização.
Além disso, o setor eólico tem desempenhado um papel vital na transição energética global, ajudando a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a mitigar as alterações climáticas.
O que vai acontecer Próximos Passos
Com a posse de Trump marcada para 20 de janeiro, espera-se que o setor energético enfrente mudanças significativas, especialmente se os planos de limitar a energia eólica e expandir as perfurações offshore forem levados adiante. A disputa entre energia renovável e combustíveis fósseis promete ser um dos principais temas do novo mandato.
Enquanto isso, a comunidade internacional e as empresas de energia renovável observam atentamente os próximos movimentos, avaliando o impacto das políticas de Trump no progresso global rumo à sustentabilidade.