Nova tecnologia de painéis solares consegue o dobro da eficiência dos atuais
O recorde de eficiência dos painéis solares foi batido. E tudo devido a uma nova tecnologia de células para painéis solares, estas células conseguem atingir o dobro da eficiência das atuais, o que se traduz numa grande melhoria da eficiência dos painéis solares!
Esta tecnologia tem por base o empilhamento de seis camadas de material fotovoltaico a que se deu o nome de célula multijunção (multijunction). Quanto a resultados, a célula multijunção, conseguiu mais 50% de eficiência na conversão de luz para eletricidade em laboratório e 40% em testes no campo.
O que é uma célula multijunção?
Uma célula multijunção é uma célula, tal como o nome indica, com mais do que uma junção, ou seja, mais do que uma camada de material fotovoltaico. Como a luz tem vários comprimentos de onda, diferentes tipos de recetores conseguem captar mais comprimentos de onda diferentes, e assim aproveita-se praticamente todo o espetro disponível.
Traduzindo por números, os painéis solares têm por norma 8% de eficiência, o que significa que 92% da luz solar é refletida e apenas 8% é captada para produzir eletricidade. Atenção que estes números são apenas exemplos, pois os painéis solares da atualidade conseguem eficiências entre 15% a 20%. Assim, ao se utilizar seis camadas de material fotovoltaico, a eficiência do painel solar é melhorada!
Esse aumento da eficiência vai permitir que no futuro os painéis sejam mais pequenos, mantendo o mesmo nível de produção dos painéis maiores. Uma evolução que também trará custos de aquisição mais baixos, em várias formas e disponibilidade para mais dispositivos.
A nova tecnologia solar
Nesta nova tecnologia recorre-se ao uso de 140 camadas de seis materiais diferentes, mas ainda assim tem uma espessura de 1/3 de um fio de cabelo humano.
A equipa de desenvolvimento recorreu a vários materiais semicondutores, tendo-os organizado de modo a maximizar a área útil dentro das 140 camadas. Mas o desenvolvimento não para por aqui… é que segundo a equipa de investigadores, se conseguirem reduzir ainda mais a resistência desta nova tecnologia dentro da estrutura os níveis de eficiência podem ultrapassar os 50%!
Quanto ao material dos semicondutores utilizados, estes são de um tipo denominado III-V, que fazem parte de uma família de ligas obtidas através da combinação de elementos dos grupos III e V da tabela periódica de elementos.