CEA prevê queda do preço dos painéis solares chineses em 15% até final de 2023. Queda que começou no quarto trimestre de 2022 e irá até ao quarto trimestre de 2023.
Preço dos painéis solares chineses desvaloriza 15%
De acordo com o relatório da CEA, Clean Energy Associates, os preços dos painéis solares irão baixar com a pressão da capacidade da indústria. A indústria tem vindo a aumentar a capacidade de produção de painéis e poderá ainda quadruplicar a produção de polissilício até 2027.
Prevê-se assim uma queda dos preços dos painéis solares fotovoltaicos na china em cerca de 15% desde o final do quarto trimestre de 2022 até final do quarto trimestre de 2023, muito devido à baixa do preço do polissilício (que continua a ser produzido em grande quantidade).
Ainda assim, de 2023 a 2024, painéis solares com a tecnologia TOPCon (Tunnel Oxide Passivated Contact) continuarão a um valor superior à tecnologia PERC (Passivated Emitter Rear Contact). Devido ao facto de as novas linhas de células solares terem que ser calibradas, o que limita o crescimento e disponibilidade da tecnologia TOPCon.
Factos que levam à queda de preço dos painéis solares
Ainda assim, é esperado que a diferença de preço entre as duas tecnologias seja menor em 2024, estimando-se que a tecnologia TOPCon se torne padrão nos painéis solares mais comuns. Mas manter-se-á a diferença de preços entre as duas tecnologias, pois, ao se aumentar a oferta de tecnologia TOPCon, a tecnologia PERC continuará a ser oferecida, mas a um custo mais baixo, até que desapareça completamente do mercado.
O relatório mostra que no início de 2025, painéis solares TOPCon, de uma só face, estarão ao mesmo valor que os painéis solares PERC biface com vidro duplo, com células de 210mm.
O mesmo relatório estima que entre o primeiro quarto de 2024 e o primeiro quarto de 2025, os preços dos painéis solares na China irá baixar em média 6%.
Outro ponto, é a capacidade de produção de painéis solares fotovoltaicos vir a aumentar entre 2022 e 2027. Estima-se mesmo que algumas empresas possam duplicar a capacidade de produção de painéis, ou mesmo quadruplicar a produção de polissilício. Ainda assim, será uma capacidade de produção concentrada na China.
O aumento de equipamentos de produção na indústria, com o aumento de novas fábricas, vai levar ao aumento das instalações de 25% (dados estimados em 2022) para 100% (dados em 2027).
Ou seja, iremos ter o dobro da capacidade de produção daqui a 4 anos, por toda a indústria, o que irá suplementar a procura.
Em 2023 a produção global de painéis deverá exceder os 800GW por ano, sendo que traduzidas em instalações no local, esse valor é acima dos 300GW. Em 2027, espera-se que essa mesma produção exceda os 1000GW por ano, enquanto a instalação no local seja próxima de 500GW!
O impacto mais imediato deste aumento de capacidade no mercado é triplicar a capacidade de produção de polissilício entre 2022 e 2024, tendo por base a nova capacidade já em construção ou já nas fases de financiamento ou planeamento.
As projeções da CEA têm por base o resultado de um sistema de análise desenvolvido para avaliar independentemente o mercado, com base nas cadeias de fornecimento globais e previsões para cenários de preços de matéria prima com base no desenvolvimento das tecnologias, materiais, zona de produção, mercado alvo, bem como previsões de oferta e procura.
O que deve saber sobre a qualidade dos painéis solares chineses?
