Portugal antecipa encerramento de centrais termoelétricas no decorrer do ano de 2023
O fim das centrais a carvão é cada vez mais uma realidade, vários são os países que têm no seu planeamento energético o fecho total deste tipo de centrais e o consequente abandono do carvão.
Final das centrais a carvão cada vez mais próximo
Portugal pretende colocar um ponto final no carvão já em 2023, esta nova data foi confirmada pelo governo de António Costa, em que ficou designado o encerramento de duas grandes centrais a carvão.
O Primeiro Ministro António Costa revelou que está prevista a antecipação do encerramento da central a carvão do Pego para o ano de 2021, enquanto que a central a carvão de Sines fechará portas em Setembro de 2023.
Estas duas centrais térmicas foram muito importantes no equilíbrio energético de Portugal durante largos anos, no entanto António Costa considera que o estado actual da capacidade instalada das energias alternativas, vai permitir encerrar ambas as centrais sem grandes problemas para o abastecimento energético do país.

Além da capacidade instalada das energias alternativas, existe um outro grande projeto que está em desenvolvimento e que tem final previsto precisamente para 2023. Este projeto é a central de bombeamento hidráulico que Iberdrola está a construir no norte de Portugal.
Centrais a carvão de Sines e Pego são as instalações com maior peso nas emissões de carbono em Portugal
Relativamente à central a carvão do Pego que possui uma capacidade elétrica instalada de 626 MW, a licença de operação termina em 2021, data que o governo vai aproveitar para terminar a sua operação. A central térmica do Pego pertence à Espanhola Endesa.
No caso da central termoelétrica de Sines (pertencente à EDP), que é a maior do País em operação com potência elétrica instalada de 1256 MW, inicialmente estava previsto o encerramento até 2030, no entanto o Partido Socialista incluiu no seu programa eleitoral o final de operação da central de Sines para 2023.
Não podemos esquecer que o último leilão de licenças para projetos de energias renováveis realizado em Portugal foi um verdadeiro sucesso em que o preço da energia solar fotovoltaica bateu um recorde mundial.
A sinergia existente nos novos projetos relacionados com energias alternativas são o factor decisivo que permitirá a Portugal abandonar o carvão muito antes do inicialmente previsto.
Falta referir que as centrais de ciclo combinado de gás vão ser reforçadas e vão ser uma garantia nos dias em que o vento e o sol não sejam propícios à produção energéticas das energias renováveis.