Dúvidas sobre impacto do parque eólico offshore na atividade piscatória de Viana do Castelo

Windfloat Portugal EDPR

O autarca socialista José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo, solicitou uma audiência com caráter de urgência à ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. O objetivo é discutir o impacto da instalação de um parque eólico flutuante ao largo do concelho na atividade piscatória da região.

Num comunicado, José Maria Costa explicou que este pedido de audiência surgiu na sequência da insatisfação manifestada por quinze armadores de Vila do Conde, Esposende, Caminha, Póvoa de Varzim e Viana do Castelo, bem como pelas associações Promar e Vianapesca.

Deram nota da insatisfação do local aprovado para a instalação da central eólica flutuante Windfloat Atlantic. A localização foi contestada no período de discussão pública pelos pescadores e pela autarquia de Viana do Castelo por colocar em causa o trabalho e o espaço de instalação das artes de pesca de 14 embarcações, das quais dependem mais de 140 famílias”, indicou o presidente da câmara de Viana do Castelo.

A primeira central de energia eólica flutuante em escala mundial será feita em Portugal e vai nascer no mar, a 20 quilómetros da costa de Viana do Castelo, já em 2019.

Portugal terá A maior central de energia eólica flutuante do mundo.

Este projeto de aproveitamento da energia das ondas tem um custo de 125 milhões de euros, estando a ser coordenado pela EDP através da EDP Renováveis. A capital de risco Portugal Ventures, a metalúrgica A. Silva Matos, o parceiro tecnológico Principle Power e a Repsol também integram o “elenco” deste projeto.

Os pescadores confirmaram, na reunião, não ter tido resposta aos ofícios e e-mails enviados à tutela e à EDP, tendo apenas sido informados, recentemente, de que as plataformas flutuantes vão ficar no mesmo local, desconsiderando as preocupações dos pescadores e da autarquia”, afirma o autarca socialista.

Desta forma, José Maria Costa está a solicitar uma audiência urgente, onde os responsáveis da EDP e a própria ministra do Mar possam estar presentes para discutir a instalação da central eólica flutuante Windfloat Atlantic. O presidente mostra-se “preocupado” com a situação e quer que “os pescadores sejam recebidos e as suas preocupações atendidas”.

No final, José Maria Costa apelou a que seja “encontrada uma solução que sirva a região e o país sem colocar em causa a atividade da comunidade piscatória”. Agora, resta saber se será dado uma oportunidade à comunidade piscatória da região de explicar o seu ponto de vista.

Deixe um Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Rolar para cima