Óxido de titânio responsável por marca recorde de eficiência nestes painéis solares à base de perovskita.
A descoberta foi feita por um grupo de investigadores japoneses, que usou dois minerais derivados do dióxido de titânio, Anatase e Brookita, para melhorar a eficiência desses painéis solares com perovskita. Os dois minerais juntos permitiram controlar o transporte de eletrões para fora da camada de perovskita.
Painéis solares de perovskita atingem 16,8% de eficiência
Realizados os testes de eficiência, os investigadores japoneses dizem ter chegado a uma eficiência de conversão de 16,82% nos painéis solares com perovskita, para isso aplicaram uma camada fina de brookita, feita de nanopartículas de brookita solúvel sobre uma camada de anatase.
Essas camadas junto com a camada de perovskita, permitiram melhorar o transporte de eletrões desde o centro da célula até aos elétrodos. Entretanto, evitam que as cargas se recombinem na fronteira entre a camada de perovskita e a de transporte de eletrões.
Devido a isso, os dois efeitos juntos permitiram alcançar eficiências de conversão de energia solar em eletricidade mais elevadas.
Camada de anatase e brookita
A equipa de investigação diz que criou a camada de anatase ao pulverizar soluções contra vidro revestido com um elétrodo transparente, depois aquecido até 450ºC. Quanto à camada de brookita foi produzida com recurso a nanopartículas solúveis em água, sendo este processo mais amigo do ambiente que os convencionais.
Foram também feitos vários testes, usando diferentes opções com anatase ou brookita. Seja em separado ou diferentes camadas em diferentes níveis. Seja anatase no topo da brookita, ou vice-versa.
Também demonstraram como investigações anteriores já tinham chegado à conclusão de que as camadas finas de óxido de titânio são transparentes e excelentes condutores de eletrões até ao elétrodo.
Outros estudos sobre painéis solares
Já em janeiro de 2019, outro grupo de investigadores japonês disse ter usado dióxido de estanho (SnO2) em vez do dióxido de titânio para a produção de um painel solar de perovskita.
E em março, um grupo de cientistas americanos deu a conhecer os seus resultados aquando da substituição de dióxido de titânio no processo de fabrico dos painéis solares.
Um pouco por todo o mundo, vários cientistas tentam substituir o chumbo presente na maioria dos painéis de perovskita por outros materiais, como titânio, estanho e bismuto.
A eficiência dos painéis já ultrapassaram os 22%,segundo informações da net.