Passar a pagar zero euros na sua fatura de eletricidade é possível graças às baterias virtuais!
Baterias virtuais permitem pagar zero euros por mês de eletricidade
Em Espanha, a legislação não permite que as empresas de eletricidade paguem mais do que o consumo elétrico que exista numa instalação solar de uma habitação com injeção na rede. Existe sim, um sistema de compensação de excedentes que não permite tirar o máximo partido do investimento inicial.
Alguns comercializadores de energia já oferecem uma solução intermédia que permite acumular o excesso de produção para poder usar nas faturas seguintes, a que dão o nome de baterias virtuais.
O que é uma bateria virtual?
Apesar de ter o nome comercial de bateria, não existe um armazenamento físico do excesso da nossa produção noutro lugar.
É apenas uma acumulação de saldo em forma de dinheiro que transforma o excedente num funcionamento semelhante ao das tarifas de dados móveis.
Assim a energia produzida, não consumida neste mês, que é então injetada na rede, será acumulada e usada no próximo mês, compensando faturas subsequentes.
O habitual é que a compensação de excedentes cubra apenas o consumo elétrico. Mas, como dizemos, alguns comercializadores têm um serviço que nos permite acumular a produção para as faturas seguintes, alguns podem compensar todos os gastos. Tanto consumo, potência, como impostos e outras variáveis.
Algo que nem todas as empresas fazem e que, na prática, com uma boa produção, podemos levar a fatura a zero euros literalmente.
Quanto é necessária uma bateria virtual?
Este formato é ideal para quem tem energia solar fotovoltaica com compensação de excedentes e que em determinada altura do ano injete muito excedente na rede. Normalmente no verão.
Dessa forma, durante esta época, que coincide com uma maior produção e menor consumo, podemos gerar um saldo que se acumulará para o resto do ano.
Por exemplo, se durante um mês formos de férias, a energia gerada não se perderá.
Será enviada para esta bateria virtual para podermos compensar o consumo posteriormente. Mas mesmo muitas vezes quando voltamos de férias continuamos a produzir mais do que consumimos.
Algo que significa que podemos guardar saldo para quando realmente precisarmos dele, no outono-inverno.
Por exemplo, imaginemos uma instalação média com 5 kW, que no verão produz cerca de 600 kWh mensais. Mas no verão não temos mais do que 300 kWh de consumo. Isso significa que entre junho, julho e agosto acumularemos o equivalente a cerca de 900 kWh em forma de saldo.
Quando chega o outono, então o comercializador vai-nos compensar nas faturas e de forma automática os gastos que formos tendo, até esgotar o saldo.
Este é um formato ideal para qualquer habitação ou empresa, e mais do que perfeito para instalações como escolas, que encerram a sua atividade no verão e que podem aproveitar esse tempo para gerar saldo para reduzir as suas faturas durante o ano letivo.
Pode compensar o consumo de várias habitações em seu nome
As baterias virtuais têm um grande potencial. É que alguns comercializadores de eletricidade, permitem mesmo que compense o consumo de mais do que uma habitação, desde que esteja em seu nome e tenha contratado o serviço de bateria virtual!
Imagine que tem uma segunda habitação para férias, ou na aldeia com um sistema fotovoltaico instalado. Pode compensar o consumo do seu apartamento na cidade, mesmo que não tenha sistema fotovoltaico instalado nesse apartamento!
Podemos até aplicá-lo a uma casa que tenhamos alugado ou ao nosso negócio, bastando para isso que a fatura de eletricidade esteja no nosso nome, reduzindo assim a conta de eletricidade.
Custos de uma bateria virtual
Ressalvo, que estamos a falar da realidade em Espanha!
O custo da bateria virtual dependerá da empresa. Por exemplo, AED Energia e Próxima Energía cobram 3,90 euros por mês pelo serviço e por ponto de fornecimento. No entanto, esse custo pode ser compensado se tivermos produção suficiente.
A conclusão é que a bateria virtual é uma solução perfeita que nos permitirá tirar o máximo proveito da nossa instalação solar, sem ter que investir o alto custo de adquirir uma bateria física.