Inicialmente, a venda dos carros elétricos teve um arranque lento. Mas, nos últimos anos, há cada vez mais veículos elétricos nas estradas europeias e Portugal acabou com a “borla” nos carregamentos dos postos públicos.
A partir de 1 de novembro, começou a ser cobrada a utilização dos postos de carregamento rápido (PCR) que asseguram 80% das baterias em 30 minutos. Os restantes tipos de carregamento deverá iniciar-se em 2019 e continuam sem qualquer custo (como tem acontecido até aqui).
Como adquirir um cartão
Os cartões da Mobi.e deixaram de funcionar nos postos de carregamento rápido. Apesar disso, continuam a sê-lo eficientes para postos “normais” que, por norma, demoram oito horas a fazer uma carga completa.
Agora, a primeira coisa que deverá fazer é solicitar um novo cartão junto de um CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica), sendo obrigatório assinar um contrato com um dos quatros existentes em Portugal: Prio, EDP Comercial, GRCAPP (eVAZ) ou Galp Power.
Estes cartões podem ser associados ao contrato de fornecimento de energiaa que já utiliza em sua casa, sendo cobrado o valor por cada Kwh que consuma nos postos públicos ou um valor em função do tempo de carregamento. Os cartões nestes CEM são gratuitos, exceto na eVAZ que cobra 10 euros.
Além dos CEME, também existem os Operadores dos Postos de Carga (OPC), empresas proprietárias dos postos de carregamento rápido. Os OPC definem as taxas de utilização. De acordo com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), atualmente existem seis OPC: Mobiletric, Galp, Prio, Cepsa, KLC e EDP.
O que é cobrado durante os carregamentos
Durante o carregamento rápido nos postos públicos, o valor inclui a tarifa de acesso à rede, os custos associados à utilização do PCR tabelado pelo OPC, IVA a 23%, a energia usada para o carregamento e o Imposto Especial de Consumo (0,0001€/kWh). Como já dito anteriormente, os valores variam consoante o contrato que temos com o nosso CEME e o OPC do local de carregamento.
A UVE realizou algumas simulações que permitiram aferir que um carregamento de trinta minutos de 15 kWh poderá rondar os seis euros, com a tarifa bi-horária (fora de vazio).
Essa carga é suficiente para conduzir durante 100 quilómetros e é definitivamente mais económico, visto que se atestar um carro a gasolina ou a gasóleo pagará entre 9 a 12 euros para a mesma autonomia.
Pagamento
No final de cada mês, o nosso CEME envia-nos uma fatura com o valor total a pagar. Esse pagamento inclui somente os carregamentos que realizamos durante o mês, não indicando mensalidades fixas (se não fizermos carregamentos) nem quaisquer taxas.
Campanhas dos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica
Atualmente, a Galp e a EDP oferecem aos seus clientes domésticos cerca de 1500 kWh de energia que poderá usufruir até um máximo de seis meses. Nos carregamentos rápidos não são cobrados o custo do CEME.
A Prio oferece aos clientes domésticos as despesas com o OPC.