A célula solar inovadora foi desenvolvida por uma equipa de investigação internacional e promete revolucionar a forma como aproveitamos a energia solar, abordando os desafios da transição energética.
Nova célula solar pode resolver o problema da intermitência da energia solar
Embora a energia solar seja uma fonte de energia renovável e em teoria inesgotável, apresenta uma importante limitação: a sua intermitência. Os painéis solares fotovoltaicos só produzem eletricidade quando a luz solar (sol) incide sobre os painéis.
Além disso, a eficiência dos painéis solares que transformam a luz solar em energia elétrica, é como todos nós sabemos afetada pelas variações de temperatura.
O que é que isso significa? Quando a temperatura atinge um determinado ponto, o rendimento das células solares fotovoltaicas começa a diminuir devido ao calor.
Para resolver estes problemas, uma equipa de investigação liderada pela Universidade Politécnica da Catalunha, em Barcelona, Espanha, criou um dispositivo híbrido que combina a produção de eletricidade solar com o armazenamento de energia térmica solar em moléculas.
Tecnologia inovadora para maximizar o uso da energia solar
Este projeto de investigação foi detalhado num artigo publicado na revista Joule, intitulado “Dispositivo de energia solar híbrido para geração simultânea de eletricidade e armazenamento de energia térmica molecular”.
O artigo apresenta um dispositivo revolucionário que pode melhorar significativamente a forma como utilizamos a energia solar. Segundo os investigadores, este sistema é o primeiro do género a combinar uma célula solar de silício com um sistema de armazenamento molecular de energia.
Testes de desempenho em condições reais
O novo sistema de células solares híbrido foi testado em condições reais, e os resultados mostram um desempenho promissor.
Este dispositivo pode representar um avanço considerável na eficiência dos sistemas solares ao combinar a geração de eletricidade e o armazenamento de energia térmica, permitindo um uso mais eficiente da energia solar.
Moléculas que captam e armazenam energia solar
O sistema, batizado de MOST (Molecular Solar Thermal), utiliza moléculas compostas por carbono, hidrogénio, flúor e azoto. Estas moléculas reagem à exposição a fotões de alta energia, desencadeando uma reação química que armazena a energia solar para ser utilizada posteriormente.
Além disso, o dispositivo atua como um filtro ótico e um sistema de arrefecimento, evitando o sobreaquecimento da célula fotovoltaica. Isso resulta numa melhoria do rendimento energético do painel solar, otimizando a conversão da luz solar em eletricidade.
Esta nova tecnologia promete aumentar significativamente a eficiência e fiabilidade dos sistemas solares, oferecendo uma solução inovadora para os desafios da intermitência e da perda de eficiência causada pelo calor.
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