O mercado automobilístico mundial está vivendo um momento crucial e de mudança, visto que a tendência moderna de investir em modelos elétricos, e outros tipos de modelos de automóveis com baixo impacto para a natureza deixam de ser uma tendência simpática para a mídia e os consumidores para se configurar como uma necessidade.
O avanço acelerado e assustador das mudanças climáticas têm levado todos os stakeholders da cadeia produtiva automobilística a tomar atitudes definitivas no intuito de sanar as consequências mais graves desse aquecimento global.
O mundo inteiro está impondo metas ousadas de transição dos automóveis, não apenas por causa do aquecimento global e da poluição imediata em grandes metrópoles, como por causa da finitude dos combustíveis tradicionais, que tendem a cedo ou tarde encarecerem ao ponto de ter um carro elétrico ser mais viável financeiramente do que ter um à combustão.
Cada vez mais empresas estão correndo atrás de se prepararem para produzir carros elétricos em larga escala, para poderem estar fortes nessa disputa por esse pujante e promissor mercado.
A NanoFlowcell está nessa busca, e tem um grande desafio pela frente, produzir 25.500 carros elétricos com baterias de fluxo nos próximos anos. Aqui você vai saber todos os detalhes dessa notícia e vai entender melhor como está este mercado de carros elétricos.
Produção de carros elétricos da NanoFlowcell
A holding Nanoflowcell acabou de divulgar que tem um pedido feito por um consórcio internacional que inclui diversos investidores de 25.000 unidades do Quantino 48Volt e de 500 unidades do Quant 48Volt.
De acordo com os responsáveis pela divulgação, essa importante venda indica que os planos de produção em massa de veículos elétricos por parte da empresa estão sendo bem sucedidos.
Os planos da empresa contemplam a construção de uma fábrica chamada QuantCity, exclusiva para a produção desse tipo de automóvel, bem como do líquido eletrolítico bi-ION, além do sistema Nanoflowcell, que fabrica as baterias para os seus modelos elétricos.
Em relação ao preço, por ser um carro de luxo e híbrido, é bem salgado. Com a estrutura de recarga, o modelo Quant 48Volt custa cerca de três milhões de euros.
Mas quem quer um modelo possível de ser comprado por quem não é milionário pode contar com o Quantino Volt48, que custa 65.000 euros. A empresa vai arrecadar com as entregas de todos os modelos para o consórcio um valor absurdo de 3,1 bilhões de euros.
Segundo Nunzio La Vecchia, CEO da Nanoflowcell:
“Uma encomenda desta magnitude é sem precedentes na história da indústria automóvel, particularmente antes do início da produção”.
Os investidores que apostam no Quant 48Volt são em sua grande maioria operadores de frotas, que para usarem os veículos, precisam instalar uma complexa estrutura para recarga do eletrólito bi-ION.
Apesar desses problemas, particulares podem sim obter esse modelo se tiverem como pagá-lo, pois a empresa está desenvolvendo uma estrutura doméstica específica para um tanque de armazenamento, além de uma bomba, para que os clientes possam instalar em casa.
No começo, a empresa espera que os consumidores domésticos usem as estruturas dos donos de frota, enquanto não desenvolve os sistemas domésticos.
O projeto piloto da fábrica de elétricos e híbridos da Nanoflowcell está em fase de planejamento e de pedidos das autorizações dos órgãos competentes para a sua construção.
A fábrica vai contar com uma linha de produção completa para a fabricação do Quant, onde toda a montagem será feita. Nenhum componente ficará de fora.
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Ao mesmo tempo será instalado um laboratório de inovação de última geração, que vai incluir estudos sobre as células de fluxo e vai também fazer estudos sobre o desenvolvimento de suas aplicações.
A primeira fase da construção das instalações levará dois anos. De acordo com La Vecchia, as entregas das primeiras versões do carro irão ocorrer pouco depois desses dois anos.
No que diz respeito à legalização dessa nova tecnologia, a autorização para a produção em baixa escala já foi obtida.
Em relação ao Quantino, a versão mais popular e em série, o seu desenvolvimento ainda vai levar mais dois anos além da abertura da nova e moderna fábrica.
Mas as cargas de energia nos postos públicos têm custos elevadíssimos, sendo até mais cara do que a gasolina
mas que hipocrisia, “temos um carro barato, tecnologia simples que reduz os custos, mas vamos faze-lo carissimo… só para parecer-mos uns snobes”