Até 2050 hidrogénio verde será o combustível dos aviões
O hidrogénio verde tem vindo a ser muito falado como alternativa aos combustíveis fosseis, muito usados hoje em dia. E até mesmo como alternativa às energias renováveis!
E a verdade é que a sua aplicabilidade em massa como combustível poderá estar mais próxima do que se pensa. Segundo um novo estudo, até 2050, cerca de um terço dos voos poderá operar a hidrogénio verde!
Isto, numa altura em que os mercados continuam divididos quanto à sua aplicabilidade, mas a verdade é que os estudos mais recentes são a favor deste tipo de combustível!
Aviões movidos a hidrogénio verde
O setor da aviação é assim um dos mercados que pode vir a ser beneficiado por este tipo de combustível.
Para já, os aviões são considerados como um dos meios de locomoção que mais dióxido de carbono emite e por isso há que procurar por alternativas mais amigas do ambiente, que possam assim reduzir essa emissão de gases prejudiciais ao ambiente, diminuindo assim o impacto ambiental das viagens aéreas.
O uso de baterias como combustível ainda não é viável, sendo assim o hidrogénio visto cada vez mais como alternativa em cima da mesa. Segundo o International Council on Clean Transportation (ICCT), um terço dos voos, em 2050, será operado com hidrogénio verde.
O estudo do ICCT indica mesmo que em 2035 o hidrogénio pode mesmo vir a ser o principal combustível para viagens “curtas” (cerca de 3400 quilómetros), correspondendo assim a 31%-38% de todos as viagens.
Só que o principal desafio deste combustível “verde” é o seu custo!
Para que este combustível seja mesmo competitivo em termos de custos, há primeiro que fixar o preço do carbono, criando um ponto de equilíbrio em relação aos combustíveis fósseis, ó equivalente em 2050 entre 102 dólares e 277 dólares/tonelada de CO2.
Além do custo, tem ainda que contar com a concorrência, nomeadamente combustíveis de aviação sustentáveis, ou combustíveis sintéticos. Opções, que segundo o ICCT podem vir a ser uma “melhor opção de custo do que o hidrogénio para voos de médio e sobretudo de longo curso”.
No seio da indústria aeronáutica há quem apoie o hidrogénio verde como futuro combustível, exemplo da AirBus, mas também há quem esteja contra a sua implementação em massa, como a Boeing!
A Boeing usa argumentos como a necessidade de “grandes sistemas de arrefecimento e grandes sistemas de armazenamento” para o recusar, mesmo dizendo que é uma excelente alternativa de combustível.