O fabricante de turbinas eólicas VESTAS registou perdas superiores a 1,5 mil milhões de euros durante 2022, sendo que em 2021 obteve um benefício neto de 134 milhões de euros, segundo comunicado da empresa.
Vestas regista perdas avultadas
O balanço da Vestas reflete o impacto negativo de mais de 400 milhões de euros referente à alienação da pegada ambiental e com a saída operacional da Rússia, explicou a multinacional Vestas.
As receitas do fabricante Dinamarquês entre janeiro e dezembro de 2022 alcançaram cerca de 14,5 mil milhões de euros, sendo que representou um valor inferior em 7% relativamente ao ano anterior, sendo que o resultado bruto de exploração (Ebitda) lançou um valor negativo de 437 milhões, frente aos ganhos de 1.271 milhões do ano anterior.
Entre outubro e dezembro a Vestas contabilizou perdas de 541 milhões de euros, frente ao benefício neto de 8 milhões do 4º trimestre de 2021, sendo que as receitas cresceram 5%, alcançando 4,7 mil milhões.
Para 2023, o fabricante Vestas prevê receitas entre 14 a 15 mil milhões de euros e planeia realizar investimentos de aproximadamente 1000 milhões de euros.
“Em 2023, esperamos níveis elevados de inflação em toda a cadeia de fornecimento, sendo que a redução das instalações de energia eólica afetará negativamente as receitas e rentabilidade”, informou a Vestas referindo-se à lentidão na obtenção de novas licenças para parques eólicos na Europa, assim como a diminuição prevista da atividade nos Estados Unidos.
Neste seguimento, a Vestas indicou que o aumento dos preços associados aos novos pedidos é considerado como um fator compensador, no entanto a empresa considera que a sua rentabilidade para 2023 será um verdadeiro desafio.
Os resultados negativos da Vestas seguem assim o mesmo trajeto de outros fabricantes de turbinas eólicas que também apresentaram resultados de igual forma penalizadores associados ao ano de 2022.