Energias Renováveis precisam de mais 515 mil milhões de dólares até 2030

É preciso investir pelo menos 515 mil milhões de dólares em energias limpas entre o momento actual e 2030 para que as emissões de dióxido de carbono não atinjam um nível considerado insustentável pelos cientistas, levando a um aumento de dois graus centígrados das temperaturas globais.

É este o alerta do relatório divulgado em Davos, elaborado pelo Fórum Económico Mundial e pela consultora New Energy Finance e que se intitula “Investimento verde: em direcção a uma infraestrutura de energia limpa“.

O relatório identifica oito sectores emergentes em matéria de energia limpa em larga escala e que se espera que contribuam de forma significativa para a transição para uma infraestrutura de energias verdes no futuro:

    • energia eólica “onshore”
    • energia eólica “offshore”
    • energia solar fotovoltaica
    • geração de electricidade a partir da energia solar térmica
    • transformação de resíduos municipais em energia
    • etanol proveniente da cana-de-açúcar
    • combustíveis celulósicos e da próxima geração
    • energia geotérmica.

As oportunidades em torno da energia limpa poderão gerar substanciais retornos económicos. Com efeito, o relatório salienta que mesmo num ano tão tumultuoso como o de 2008, o índice que agrega as 90 principais empresas mundiais de energia limpa conseguiu acumular uma valorização em cinco anos próxima dos 10%, “feito” que os grandes índices de todo o mundo não conseguiram.

Entre outros dados deste relatório, destaca-se o facto de os investimentos em energia limpa terem aumentado de cerca de 30 mil milhões de dólares em 2004 para mais de 140 mil milhões em 2008.

Além disso, estes investimentos não só aumentaram, como também se diversificaram geograficamente.

Ainda segundo o relatório, há quatro grandes potenciadores na transição para as energias verdes

    • aprovisionamento público
    • redes eléctricas inteligentes
    • padrões de eficiência energética e políticas estáveis e simples.

Só assim se poderá enfrentar o desafio das alterações climáticas, conclui o documento.

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