Energia Solar se torna mais competitiva com reajuste de bandeiras tarifárias – Brasil

Bandeira Tarifária com Energia Solar

Reajuste de até 64% nas bandeiras tarifárias deixa Energia Solar mais competitiva

Consumidores com sistemas fotovoltaicos economizam até 4 vezes mais na conta de luz, mesmo em situações de bandeira vermelha

Reajuste das Bandeiras tarifárias

Os consumidores de todo o Brasil pagarão mais na conta de luz sempre que houver aumento no custo de produção de energia elétrica no país. No dia 1º de julho, entrou em vigor o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Com isso, a energia solar se apresenta como uma alternativa viável para reduzir as despesas com eletricidade, com economia de até 75%.

“Se na tarifa anterior o sistema fotovoltaico já era muito viável economicamente, agora, com esses reajustes altos, se torna mais competitivo. A produção própria de energia traz mais liberdade ao consumidor, porque ele consome o que gera e deduz o excedente no sistema de compensação.

Nestes casos, o impacto é muito menor porque o custo adicional da bandeira só é contabilizado no resultado líquido mensal da conta de luz”, explica Guilherme Nagamine, diretor da L8 Energy, empresa especializada na Industrialização e Distribuição de Sistemas Fotovoltaicos.

Segundo dados da L8 Energy, a economia para quem tem sistemas fotovoltaicos pode chegar a 75%. Uma família de Curitiba por exemplo, onde a tarifa de energia é de R$ 0,83 para cada kWh, com consumo mensal de 600 kWh, gastaria R$ 498,00 por mês na bandeira verde.

Se esta residência produzisse mensalmente 450kWh, por meio de um sistema solar, o valor da conta ficaria em R$ 124,50. Confira a simulação feita pelo departamento de engenharia da empresa:

Comparação de contas de energia com e sem bandeira vermelha em residência com e sem geração solar

Bandeira Tarifária com Energia Solar
Fonte: L8 Energy, com base na tarifa de energia residencial de Curitiba.

A economia gerada pode variar de acordo com a capacidade de geração de cada sistema fotovoltaico e das tarifas adotadas por cada operadora. Para Guilherme Nagamine, além da vantagem financeira, a energia solar traz outros benefícios ao consumidor. “É ambientalmente sustentável, já que não produz nenhum tipo de resíduo na geração e utiliza recursos renováveis. Além disso, temos luz solar o ano todo, o que proporciona uma estabilidade de produção, não dependendo das chuvas como o sistema hidrelétrico, por exemplo”, afirma.

Como funciona a bandeira tarifária

A bandeira tarifária é uma cobrança extra aplicada sobre as contas de energia elétrica quando o custo da produção aumenta no país e não têm qualquer relação com o reajuste anual feito pelas operadoras. “Nossa matriz energética ainda é muito dependente dos recursos hídricos e sentimos esse impacto nos últimos anos com a estiagem.

No ano passado, quando a seca se agravou, foi criada uma bandeira excepcional, a de escassez hídrica, com valores ainda mais altos e que ficou em vigor até abril deste ano”, relembra Nagamine.

Os novos valores das bandeiras tarifárias valem até meados de 2023. No caso da bandeira verde (em vigor atualmente), não há nenhuma cobrança adicional. Para a bandeira amarela, o reajuste foi de 59,5%, passando de R$ 1,874 para R$ 2,989 para cada 100kWh consumidos.

O maior aumento, de 63,7%, foi na bandeira vermelha patamar 1, que passou de R$ 3,971 para R$ 6,500. Já a bandeira vermelha patamar 2 aumentou 3,2%, passando de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100kWh consumidos.

O que são bandeiras tarifárias?

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