A energia solar e os carros elétricos serão a causa da próxima crise petrolífera, a notícia parece um equívoco mas efetivamente não é.
A Bloomberg previu que até 2040 35% dos carros novos no mundo serão elétricos.
E a questão que se coloca é: De onde virá a eletricidade para estes veículos? Prevê-se que em 2040, os carros elétricos irão consumir um total de 1.900 terawatts-hora, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
Este consumo total equivale a precisamente 10% de toda a energia elétrica produzida no mundo no ano passado.
É certo que a eletricidade tem-se virado mais para as energias limpas, nomeadamente, para a energia solar e eólica em detrimento do petróleo, gás natural e carvão, no entanto, os veículos elétricos segundo a BNEF continuarão a precisar do petróleo porque não conseguirão depender exclusivamente das energias limpas e esta necessidade poderá despoletar uma crise no setor do petróleo.
De acordo com a BNEF serão necessários 13 milhões de barris de petróleo, por dia, em 2040 para os veículos elétricos. Num futuro menos longínquo e parando em 2025, os veículos elétricos serão responsáveis por 1,1 milhão de barris por dia. Este número é, felizmente, inferior ao número que consta no relatório do ano passado da BNEF.
A previsão, na altura, era que em 2023, os veículos elétricos fossem responsáveis por 2 milhões de barris por dia.
O mesmo sucede com os carros movidos a energia solar.
Estas conclusões da BNEF são confirmadas pelo Instituto Grantham, Imperiam College de Londres e pela Carbon Tracker Initiative através de um relatório em que se concluiu que os veículos elétricos e os veículos movidos a energia solar necessitarão de 10% do mercado dos combustíveis fósseis, no espaço de dez anos.
O relatório alerta ainda para a desconfiança que grandes empresas de energia mundiais levantam quanto à eficácia, flexibilidade e baixo preço da energia solar fotovoltaica e dos veículos elétricos.
Esta desconfiança prejudica todo o setor das energias limpas e todos os condutores a nível mundial que acabam por demorar a encarar a possibilidade de deixarem de ter viaturas a diesel e a gasolina.
Os combustíveis fósseis, de acordo com este relatório, vão perder cerca de 10% da sua quota de mercado dentro de dez anos.