
Descida dos subsídios e da quantidade de energia elegível para essa remuneração especial são algumas das novidades que poderão mudar o negócio eólico em Espanha a partir de Janeiro de 2013.
O Ministério da Indústria de Espanha está a preparar um novo regime regulatório para a energia eólica que irá restringir as condições de remuneração neste mercado para novos parques que entrem em operação a partir de Janeiro de 2013.
O jornal espanhol “Cinco Días” avança na sua edição de hoje que o Governo já tem pronta uma proposta que prevê uma descida dos prémios dados aos produtores eólicos, bem como do número de horas e de anos em que os donos dos parques podem beneficiar das tarifas subsidiadas.
As condições, refere o mesmo jornal, não são aceites pelas empresas, mas estas estão interessadas em que seja publicado quanto antes um novo regime regulatório para as eólicas, de forma a acabar com a incerteza que tem afectado as decisões de investimento das empresas de energias renováveis.
Recorde-se que a EDP Renováveis é um dos principais operadores do mercado eólico espanhol. Já com 2.050 megawatts (MW) instalados em Espanha, a empresa portuguesa tem em construção cerca de 200 MW neste país, mas em “pipeline”, para possíveis novos parques eólicos, soma mais de 4.900 MW, e é aqui que a EDP Renováveis poderá vir a ser afectada pelas novas regras de remuneração das eólicas em Espanha.
Segundo o “Cinco Días”, o Governo espanhol está a propor um limite de 1.500 horas anuais (face à média actual de 2.300 horas) para o período de funcionamento elegível para remuneração subsidiada.
A indústria eólica espanhola defende que o novo regime fique definido até 20 de Novembro, para evitar que o dossier fique em suspenso à espera que o novo Executivo resultante das eleições tome posição sobre a matéria.