EDPR e Engie anunciam joint venture para o mercado eĆ³lico offshore

Parque EĆ³lico Offshore

O grupo francĆŖs Engie e a EDP RenovĆ”veis, subsidiada da EDP, anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento estratĆ©gico para fundir as suas atividades relacionadas com o mercado eĆ³lico offshore.

Este acordo deverĆ” contemplar a criaĆ§Ć£o, nos prĆ³ximos meses, de uma joint venture de 50% de propriedade de cada um dos sĆ³cios. Esta futura joint venture Ć© apresentada como o “instrumento de investimento exclusivo” da EDPR e da Engie no desenvolvimento de parques eĆ³licos offshore em todo o mundo. Para o lanƧamento, o CEO desta empresa serĆ” nomeado pela EDP, enquanto a Engie escolherĆ” o COO e um presidente nĆ£o executivo.

A localizaĆ§Ć£o da sede desta futura empresa, bem como a organizaĆ§Ć£o entre as equipas das duas empresas (A Engie emprega cerca de quarenta funcionĆ”rios em FranƧa neste setor), ainda nĆ£o sĆ£o conhecidos.

“Esses sĆ£o alguns dos tĆ³picos que precisaremos de afinar nos prĆ³ximos meses Ć  medida que construĆ­mos esta joint venture. Mas Ć© claro que o nosso objetivo Ć© crescer ao longo do desenvolvimento dos nossos projetos comuns, sabendo que as nossas equipas vĆ£o aumentar para cada uma das principais etapas dos projetos, como o desenvolvimento, construĆ§Ć£o e operaĆ§Ć£o e manutenĆ§Ć£oā€. Explica o vice-gerente geral da Engie responsĆ”vel pelo setor de energias renovĆ”veis.

AlcanƧar a lideranƧa mundial no mercado eĆ³lico offshore atĆ© 2025

Segundo GwenaĆ«lle Avice-Huet, esta fusĆ£o “acelerarĆ” os objetivos do nosso plano estratĆ©gico, que planeia desenvolver um know-how especializado numa indĆŗstria altamente tecnolĆ³gica, tĆ©cnica e sofisticada e ser capaz de alcanƧar uma posiĆ§Ć£o de lĆ­der mundial, isto Ć©, fazer parte do Top 2 atĆ© 2025”.

Um objetivo muito ambicioso quando sabemos que o nĆŗmero 1, o grupo dinamarquĆŖs Orsted, jĆ” possui mais de 6 GW de parques eĆ³licos em operaĆ§Ć£o e 2 GW adicionais em desenvolvimento.

Tamanho crĆ­tico, sinergias e complementaridade

Numa indĆŗstria em rĆ”pido crescimento, onde aqueles que nĆ£o crescem rĆ”pido o suficiente correm o risco de ficar para trĆ”s, a Engie e a EDPR tĆŖm de atingir um tamanho crĆ­tico, especialmente para apoiar projetos com custos de desenvolvimento extremamente elevados, 2 a 3 bilhƵes de euros por GW.

“O mercado estĆ” a mudar e sabemos que cada vez mais concorrentes existem no mercado. Temos que nos preparar para isso”, observa Paulo Almirante, vice-gerente geral da Engie encarregado das operaƧƵes. Segundo ele, a fusĆ£o com a EDPR Ć© bastante natural: “NĆ³s conhecemos-nos muito bem porque trabalhamos juntos hĆ” vĆ”rios anos em determinados projetos. E nĆ³s somos muito complementares nos nossos modelos de negĆ³cios”.

GwenaĆ«lle Avice-Huet acrescenta: “Vamos reunir as nossas habilidades e criar uma equipa conjunta para acelerar o nosso desenvolvimento e ter mais projetos.ā€

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