Com a evolução da tecnologia e a aposta em fontes alternativas, os veículos elétricos estão a tornar-se mais presentes nas grandes cidades europeias. Apesar disso, ainda têm um longo caminho a percorrer até se tornarem viáveis para a maior parte do público.
“O voo elétrico está a tornar-se uma realidade e agora podemos prever um futuro que não seja exclusivamente dependente de combustível”, afirma Johan Lundgren, CEO da EasyJet.
No ano passado, a start-up norte-americana Wright Eletric apresentou uma aeronave de dois lugares. Agora, em conjunto com a companhia aérea britânica EasyJet, desenvolveu uma aeronave com motor elétrico, com a capacidade de transportar nove passageiros.
O protótipo do sistema de propulsão para esta aeronave é quatro vezes mais potente comparativamente com o modelo inicial. A EasyJet e a Wright Eletric têm um objetivo em comum: diminuir o nível de ruído das operações e reduzir as emissões de carbono.
“Olhando para o futuro, os avanços tecnológicos nos voos elétricos são verdadeiramente entusiasmantes e estão a progredir rapidamente. Dos aviões de dois lugares, que já estão a voar, para os nove lugares que voarão no ano que vem, o voo elétrico está a tornar-se uma realidade e agora podemos prever um futuro que não seja exclusivamente dependente de combustível”, adianta o CEO da companhia aérea.
A rota Amesterdão – Londres é a segunda mais procurada da Europa, na qual a companhia aérea transporta, em média, 1,8 milhões de passageiros por ano. Apesar disso, essa rota é a escolhida para estrear a aeronave elétrica em 2019 e, futuramente, poderá liderar os voos elétricos.
“A Holanda tem a oportunidade de liderar o caminho se o Governo e os aeroportos incentivarem as companhias aéreas a operarem da maneira mais sustentável através de uma estrutura de cobrança diferente e mais vantajosa”, aponta Johan. De acordo com um comunicado da companhia aérea, a distância prevista para essa rota é cerca de 500 quilómetros.
Um dos pontos mais importantes para os clientes da EasyJet é a sustentabilidade. Com os veículos do modelo A320neo, o CEO da EasyJet confirma que foi possível “proporcionar uma redução de 15% nas emissões de carbono e 50% menos ruído”.
Por sua vez, o CEO da Wright Electric, Jeffrey Engler ambiciona “ajudar a introduzir a aviação de baixo ruído e baixa emissão de poluentes na Europa”.