O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou o seu novo mandato com uma decisão que promete gerar controvérsia: a suspensão imediata dos programas de apoio ao hidrogénio verde e outras iniciativas climáticas financiadas pela lei de redução da inflação (Inflation Reduction Act).
Programas de hidrogénio verde congelados
Com um decreto assinado no dia 20 de janeiro, Trump determinou que todas as agências federais interrompam os gastos associados a esta legislação.
A medida inclui a revisão de subsídios, empréstimos e pagamentos para projetos de energias renováveis, como solar, eólica e hidrogénio. Para o presidente, a lei, apelidada de “Green New Scam“, representa um desvio de recursos que poderiam ser usados em outras prioridades, como cortes de impostos.
O objetivo da nova administração é redirecionar os fundos ainda não utilizados, mas parte do montante já foi comprometida. O Departamento de Energia, por exemplo, alocou mais de 170 mil milhões de dólares em diferentes projetos, enquanto a Agência de Proteção Ambiental (EPA) já distribuiu 93% dos fundos previstos.
Qual o impacto nos projetos de hidrogénio verde?
A lei de redução da inflação, implementada durante a administração Biden, tinha como objetivo impulsionar a transição energética nos Estados Unidos. Entre os setores apoiados, o hidrogénio verde era um dos principais beneficiados, com financiamento destinado à sua produção e ao desenvolvimento de polos nacionais.
Esta suspensão levanta incertezas sobre o futuro de projetos em andamento e pode afetar diretamente o crescimento de uma indústria que vinha ganhando força como alternativa sustentável.
Fim do programa American Climate Corps
Outra medida anunciada foi o encerramento do programa American Climate Corps, criado para promover empregos relacionados ao combate às mudanças climáticas. Inspirado no New Deal, este programa estava direcionado para capacitar trabalhadores em áreas como energia limpa e proteção ambiental.
Além disso, Trump ordenou que a EPA reavalie o conceito de “custo social do carbono”, utilizado para calcular os impactos financeiros do aquecimento global e justificar políticas ambientais.
Desafios na aplicação do decreto
Apesar das ordens do presidente, a execução do decreto enfrenta barreiras legais e logísticas. Muitos dos fundos já foram contratados ou estão comprometidos, o que pode dificultar o redirecionamento do dinheiro para outras áreas.
A decisão de interromper os programas climáticos contrasta com a tendência global de investimentos em energias renováveis e pode trazer implicações para o papel dos Estados Unidos na luta contra as alterações climáticas.
Qual a sua opinião? Concorda com a decisão de Donald Trump?