Como poupar energia e dinheiro no aquecimento das águas sanitárias

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O aquecimento de água sanitária é um processo no qual é consumida uma grande quantidade de energia, representando aproximadamente 50% da factura energética.

Se pretende reduzir o valor da sua factura energética, a optimização das soluções de aquecimento de águas quentes sanitárias, é sem dúvida uma boa aposta sendo o tempo de retorno do investimento bastante apetecível.

Veja como pode reduzir substancialmente a sua fatura mensal poupando na energia despendida com o aquecimento das águas quentes sanitárias.

1º Passo – Conheça os sistemas de aquecimento ao seu dispor

Esquentador

esquentadorA água é aquecida num permutador exposto ao calor das chamas de queimadores, pelo que a saída de água quente é instantânea.

Para funcionar estes aparelhos só necessitam de um combustível, tal como o gás propano, gás butano ou gás natural, e alguma pressão da rede de água.

 

Termoacumulador

termoacumuladorFunciona com energia eléctrica sendo constituído por um depósito de água, que armazena a água, aquecida por uma resistência eléctrica.

No entanto, o aquecimento da água não é imediato. É sempre necessário aguardar algum tempo até que a água aqueça e possa ser utilizada. Este sistema fornece uma quantidade de água limitada e uma temperatura variável durante a utilização.

Apesar desta não ser uma boa solução em termos da eficiência, os termoacumuladores ainda são muito utilizados nas casas portuguesas.

O aquecimento de água utilizando energia eléctrica é bastante menos eficiente do que a conversão directa de combustível (por exemplo gás) em energia calorífica.

Colector Solar Térmico

colector-solar-termicoA água é aquecida usando a energia proveniente dos raios solares captados por um ou mais colectores solares.

No kit a instalar, para além dos colectores solares, é incluído um acumulador que tem a função de armazenar água quente.

Este acumulador normalmente está equipado com uma resistência eléctrica para assegurar a continuidade do abastecimento de água quente nos dias mais cinzentos.

Uma das vantagens deste sistema é a diminuição dos custos de exploração e a independência face aos aumentos de preços dos combustíveis fósseis, os quais se esperam, no futuro, significativos.

2º Passo – Opte por um sistema de aquecimento eficaz

A sua escolha deverá ser suportada pelo aconselhamento de um especialista na matéria, capaz de avaliar as suas necessidades e de integrar os vários sistemas energéticos da sua casa. Consulte vários fornecedores ou um especialista independente.

Opte por um sistema de aquecimento eficaz e reduza a sua factura energética, contribuindo activamente para a protecção ambiental e para o desenvolvimento sustentável do nosso país.

O QUE PODE POUPAR

Os exemplos que se seguem são referentes a uma família de cinco pessoas, que tomem diariamente um duche.

O consumo diário de água é de 350 litros, o que corresponde a um consumo de energia da ordem de 10 kWh. Foram calculados os custos anuais das várias alternativas tecnológicas, tendo-se chegado aos resultados expressos na tabela seguinte:

poupanca-energia-termicaApesar do custo inicial do Kit Solar ser o mais elevado, é esta a solução que apresenta o custo mensal mais reduzido e que ambientalmente é a mais correcta.

Para promover o interesse na energia solar o Estado oferece benefícios fiscais, nomeadamente através da dedução no IRS (30% dedutível com limite máximo de 700€), da amortização do investimento em 4 anos (IRC) e ainda da aplicação da taxa intermédia de 12% no IVA.

Existem ainda linhas de financiamento bancárias específicas para estes equipamentos que oferecem taxas de juro reduzidas.

O gráfico seguinte compara o consumo dos equipamentos num período de doze anos, que se estima ser o tempo médio de vida destes.

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3 Comentários em “Como poupar energia e dinheiro no aquecimento das águas sanitárias”

  1. Estou bastante interessado em instalar um sistema solar para aquecimento de aguas sanitárias, mas pergunto qual os apoios que existem neste momento?

    1. António Monteiro

      Chamo a atenção para a falta de actualidade do artigo. Deve remontar a 2009 aquando da taxa intermédia de iva era de 12% e os combustíveis mais baratos.

      Respondendo a sua pergunta os actuais apoios podem ser classificados em directos e indirectos.
      Apoios Directos:
      i) em sede de IRS: benefício fiscal ate 30% com tecto de 803€. Na medida 2010 correspondia a dedução integral agora deverá somar-se a outras despesas elegíveis.
      ii) iva intermédio de 13% e não 23% (ajuda de 10% consumidor que não deduza iva). Não sabemos em rigor se esta taxa se vai manter ou desaparecer com a entrada do novo executivo.

      Apoios Indirectos
      – Majoração da classificação ou rótulo energético da sua habitação (certificado energético), na prática melhora a letra (A…E) e quanto melhor a letra:
      i) Valorização do valor comercial da habitação
      ii) Maiores deduções fiscais em sede de IRS.
      iii) Diminuição dos juros bancários à habitação.
      iV) Redução dos valores imposto municipais (IMT)

      Em resumo: se pondera este investimento, está a tomar uma das medidas mais racionais no contexto económico presente e a defender-se do futuro. Esta a dar um grande passo para atingir o máximo de independência energética… o que acontecerá com a privatização da Galp, da EDP, da especulação futura e continuada dos combustíveis fosseis… gás natural ou não, petróleo…

      Espero ter ajudado, e se for o caso aconselho que procure um fornecedor que saiba o que faz, a esmagadora maioria dos sistemas solares, fruto de más instalações, não atribui ao sol o grau de prioritário na hora de cumprir a sua função de aquecimento das águas. Deixo também a informação que para as situações em que a colocação de uma painel solar se torna complicado (exemplo apartamentos) a utilização de uma pequeníssima Bomba de CALOR AEROTÉRMICA resolve o problema com os mesmos custos de instalação de um sistema solar térmico mais económico (termosifão). Passe palavra…
      António Monteiro

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