A Trina Solar, empresa chinesa de materiais fotovoltaicos, conhecida por ser uma das maiores empresas produtoras de painéis fotovoltaicos do mundo – quer atingir participação de até 30% no mercado brasileiro.
Segundo o portal Exame, a fabricante está interessada no potencial do Brasil para a geração de energia solar fotovoltaica e anunciou a sua meta através do diretor-geral da empresa à Américas Latina e Caribe, Álvaro Garcia Maltrás. A previsão da empresa é chegar a 20% do mercado de painéis solares no Brasil ainda este ano.
Futuro da Trina Solar no Brasil
Nos últimos 10 anos, a chinesa Trina Solar acumulou 19 recordes mundiais quanto à taxa de eficiência dos seus painéis de geração de energia solar fotovoltaica.
Desta forma, este momento é favorável para a empresa usar o diferencial tecnológico para ganhar espaço no mercado brasileiro, que, apesar de recentes os investimentos na geração fotovoltaica – o primeiro leilão para viabilizar usinas de larga escala foi feito em 2014 –, no ano passado já foi o 11º país que mais investiu em energia solar no mundo, segundo informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Neste momento, o País tem aproximadamente 2,1 gigawatts (GW) em usinas solares de grande porte, representando assim cerca de 1,27% da matriz elétrica nacional, como também outros 900 megawatts (MW) em sistemas fotovoltaicos menores, conhecidos como sistemas de geração distribuída de microgeração. Dessa potência instalada, a maior parte das instalações usaram placas solares importadas da China.
Painéis monocristalinos
A fabricante chinesa quer popularizar no País o uso de painéis solares feitos através de células de um único cristal de silício, enquanto grande parte do mercado usa placas fotovoltaicas criadas com vários fragmentos de silício, chamados policristalinos.
A chinesa BYD abriu uma fábrica de painéis solares no Brasil em 2017
A BYD Energy iniciou a produção de módulos fotovoltaicos em 2017 em Campinas, São Paulo. Com esta etapa, a empresa junta-se à Canadian Solar, que também anunciou a instalação de uma fábrica de painéis solares no Brasil para atender a procura de equipamentos gerados pelos leilões para contratar energia solar feita pelo governo desde 2014.
Segundo a BYD Energy, a usina terá capacidade de 200 megawatts, receberá um investimento inicial de R $ 150 milhões (cerca de 42 milhões de euros) e criará 300 empregos na região. A BYD Energy é o braço de investimentos da gigante de energia verde chinesa BYD, a maior fabricante mundial de baterias recarregáveis.
A empresa ressaltou que a decisão de investir no Brasil veio após o leilão de energia fotovoltaica, que deve levar à construção de uma série de projetos de energia solar nos próximos anos.
A BYD estima que o país, que atualmente tem uma capacidade fotovoltaica de apenas 30 megawatts e um total de 39 usinas, terá 134 usinas e uma capacidade de 2.734 megawatts até 2019.