A tecnologia de captação de energias renováveis está em constante desenvolvimento e consequente mudança, muitas vezes impulsionada por descobertas decorrentes da necessidade de acabar de vez com a dependência de combustíveis fósseis.
Felizmente, vamos dar conta de mais uma dessas descobertas, desta vez levada a cabo por um grupo de investigadores da Universidade Nacional da Austrália.
Célula solar de perovskita e silício ultrapassa os 30% de eficiência
Os investigadores da entidade referida conseguiram desenvolver novas células solares que alcançaram uma eficiência muito elevada, de 30,3%.
Estas células solares combinam as propriedades da perovskita e do silício, para assim conseguirem alcançar este valor de eficiência na conversão de energia.
Se compararmos este valor com aquele que é alcançado pelas células solares convencionais, unicamente constituídas por silício, é possível verificar que a nova solução é consideravelmente superior…
…dado que as células de silício atingem uma eficiência próxima dos 27% em condições de laboratório, mas apenas de 20% quando em utilização regular e comercial.
Diversos financiamentos, existentes um pouco por todo o mundo, e atribuídos para pesquisa e desenvolvimento de energia verde, têm como objetivo encontrar forma de converter a maior percentagem possível de luz solar em energia; ora, descobertas como a aqui referida são autênticos casos de sucesso, potencialmente desencadeadores de cortes no preço final da eletricidade a médio prazo.
Como se atinge esta eficiência de 30% de conversão de energia solar?
O Dr The Duong, responsável por dirigir esta investigação da Universidade Nacional da Austrália, afirmou que este resultado foi conseguido graças ao aproveitamento das principais potencialidades de cada um dos tipos de tecnologia de células solares.
Segundo palavras de Duong: “Com estas células solares em tandem, a célula superior de perovskita pode efetivamente absorver a luz azul e transmitir a luz vermelha para a célula inferior de silício, produzindo muito mais energia proveniente da luz solar do que qualquer um dos dispositivos sozinhos”.
Como limpar os painéis solares fotovoltaicos para aumentar a eficiência
The Duong afirma ainda que a elevadíssima eficiência de conversão de energia não é, de todo, a única vantagem resultante deste método de empilhamento mecânico dos equipamentos, dado que a estabilidade operacional das células solares também foi melhorada, o que é um grande passo no caminho para a comercialização.
As previsões atuais apontam que esta NOVA tecnologia solar possa começar a ser produzida em massa a partir de 2026.
Contudo, a investigação tem de continuar, de forma a garantir que esta técnica, aplicada em estruturas finais de captação de energia solar, seja estável por 25 a 30 anos.