Pode parecer impossível, mas novos desenvolvimentos na tecnologia da energia solar indicam que com a utilização de novas células solares vai permitir que exista produção de eletricidade sem a necessidade de luz solar.
Um facto que faz com que muitas pessoas ainda não invistam em energias renováveis, é o sol não brilha o tempo todo. Mas será por pouco tempo… pois para uma nova geração de células solares orgânicas não será preciso sol para produzir eletricidade!
Estas células solares não precisam de ficar expostas à luz solar, basta a claridade natural do ambiente (ambiente interno) para produzir eletricidade.
O que significa que equipamentos que sejam fornecidos por painéis solares equipados por tais células solares orgânicas podem funcionar ininterruptamente, somente devido à iluminação pública, ou iluminação interior das habitações!
Na vanguarda da produção de eletricidade sem sol
Esta tecnologia é recente, este avanço tecnológico deveu-se ao estudo de Ryota Arai e colegas da Universidade de Kyushu, em parceria com a empresa Ricoh, no Japão.
O trabalho desenvolvido por Ryota Arai consistiu em encontrar os melhores materiais para construir as células solares orgânicas capazes de gerar eletricidade de forma eficiente sem recorrer à luz do sol. Ou seja, produzir eletricidade mesmo em ambientes com baixa iluminação!
Composição e esquema das células solares orgânicas
A equipa de investigadores testou vários semicondutores orgânicos de pequenas moléculas com caraterísticas promissoras para a absorção da luz ambiente e assim produzir eletricidade.
Mas foram as células solares feitas com recurso a uma pequena molécula, BDT-2T-ID, que melhores resultados apresentaram, quando comparadas com outros dispositivos semelhantes. Até um dispositivo, baseado na tecnologia de energia solar de silício, ficou aquém do esperado.
As células solares orgânicas comuns são flexíveis e baratas, mas ainda não conseguem competir com o silício em termos de eficiência!
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A molécula BDT-2T-ID
BDT-2T-ID é uma sigla para a classe de oligomeros que inclui o Benzoditiofeno (BDT), um determinado número variável de Tiofenos (2T) e Indandiona (ID).
Por fim, o conjunto de 6 dessas células solares orgânicas, ligadas em série, foi capaz de produzir cerca de 4volts e 65,3 μW/cm2 quando expostos a fracas condições de iluminação. Essa quantidade de eletricidade produzida é suficiente para alimentar micro sensores e dispositivos da Internet das Coisas.
Ainda assim a equipa de investigadores deixa um alerta! Há que avaliar a transição da tecnologia para um fabrico em massa, mas o trabalho já desenvolvido permite concluir que há uma elevada viabilidade para alimentar dispositivos sem fio por toda a casa, e o melhor, sem ser necessária a luz solar!