Como poupar na carteira e no ambiente com um automóvel híbrido?

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Nos tempos em que as preocupações ambientais já começam a ser uma constante no nosso quotidiano, as soluções verdes são cada vez mais variadas, desde os painéis solares em casa, passando por programas de uso eficiente da água, à predominância da energia eólica em zonas como as do litoral oeste, até ao uso de automóveis elétricos.

Ainda muito se apontam as desvantagens dos carros elétricos quanto à sua aplicabilidade prática no nosso quotidiano extremamente atarefado: a autonomia da bateria, a exigência de condições em casa que permitam um carregamento regular, a inexistência de mais postos de carga.

Saiba mais sobre as vantagens e desvantagens do carro elétrico quando comparado com um veículo a combustão.

Para muitas pessoas, não são práticos, uma vez que a maioria não faz mais do que 145 km até precisar de carregar. Não obstante, são o futuro. Para quem considera demasiado radical passar de um veículo normal para um elétrico, desenvolvemos uma análise sobre a versão intermédia: o híbrido.

Um automóvel híbrido cruza um motor elétrico com um de combustão interna (a gasolina), aliando assim a potência deste último à poupança de energia do primeiro, reduzindo-se substancialmente a quantidade de gases poluentes para a atmosfera (nomeadamente CO2), bem como o ruído e, obviamente, o próprio consumo.

Embora o investimento inicial seja mais elevado (podem mesmo ultrapassar os 30.000€), permite poupar bastante no médio prazo.

Os modelos híbridos não abundam no mercado português, mas já existem alguns: Honda Civic Hybrid, Toyota Prius, BMW i8, Lexus LC 500h, entre outros.

Para adquirir um híbrido, os tipos de financiamento que existem no mercado podem ir desde o crédito automóvel, até ao leasing e ao ALD (Aluguer de Longa Duração), bem como crédito pessoal sem finalidade.

Qual compensa mais? Depende da vontade que o condutor tiver de trocar de viatura de tempos a tempos.

O crédito automóvel permite ficar a pagar a viatura durante mais tempo, ficando esta sempre em nome do proprietário, mas geralmente também possui taxas de juro mais altas do que as modalidades de leasing e ALD, nas quais a viatura fica em nome da instituição financeira e é realizada uma espécie de contrato de aluguer do carro através do pagamento de uma mensalidade.

No caso do leasing, se no final do empréstimo a pessoa não quiser ficar com o carro, pode entregá-lo à instituição, enquanto que no ALD é obrigatório permanecer com a viatura, pagando-se um valor residual que geralmente se encontra na ordem dos 2%.

As grandes vantagens destas duas modalidades prendem-se com uma prestação mais baixa e com o facto de não ter de se pagar o imposto de selo na abertura do processo.

Todavia, nas desvantagens está a obrigação de se contratualizar um seguro de danos próprios, que é significativamente mais caro do que o de responsabilidade civil, mas compensa muito mais, porque protege de uma imensidão de acidentes que geralmente não estão abrangidos pelo seguro normal.

No que diz respeito ao crédito pessoal sem finalidade, o maior benefício é indubitavelmente a não obrigatoriedade de um seguro contra todos os riscos, mas pode ter taxas de juro mais elevadas.

Para quem gosta de trocar de carro regularmente, as modalidades de aluguer podem ser mais vantajosas. No entanto, quem adquire um automóvel híbrido geralmente não tem intenções de mudar para o outro tão cedo, visto que o investimento é elevado, mas começa, a dada altura, a compensar bastante a carteira.

Para exemplificar os custos de um crédito com um veículo híbrido, suponha-se a compra de um Toyota Prius 1.8 HSD (122cv) CVT, saído do stand, cujo preço atual é de 34.540,00€.

Escolhendo como financiamento o crédito automóvel com reserva de propriedade e dando 10.000€ de entrada, ficando a pagar durante cinco anos (sessenta meses) com uma TAEG de 9,7%, fica-se com uma mensalidade em torno de 501,93€ e um montante total imputado ao consumidor de 30.639,90€, dependendo estes valores sempre da instituição financeira pela qual se opta.

Em suma, o primeiro passo a dar é sempre pensar se o híbrido a adquirir será novo ou usado. De seguida, perceber se o empréstimo será com recurso a aluguer ou se já decidiu que é para manter a viatura e depois pedir várias simulações para escolher a mais vantajosa e negociar taxas de juro mais atrativas.

Cabe salientar ainda que quanto maior for o valor que se dá de entrada, menos se pagará no empréstimo e menos se pressionará a taxa de esforço.

Portugal ainda não é um país de veículos elétricos, mas a evolução, lenta ou não, vai-se desenrolado.

Basta ver exemplos como o da Mercedes-Benz, que anunciou o lançamento de uma marca só para viaturas elétricas e que vai apresentar o primeiro protótipo já em setembro deste ano.

A própria Audi também já referiu que o seu primeiro modelo 100% elétrico entrará para o “mercado verde” em 2018.

A Honda está igualmente mais amiga do ambiente ao ter desenvolvido um novo processo de construção do seu motor híbrido que não recorre a metais pesados. Outra marcas como a KIA e a Nissan também já têm as suas versões elétricas.

As próprias vendas de ligeiros de passageiros 100% amigos do ambiente em Portugal estão em forte crescimento.

Até se instituir uma mudança de mentalidades total no que toca às questões ambientais, poupar o meio ambiente e ajudar a reduzir despesas no orçamento mensal em simultâneo é possível através dos veículos híbridos, que podem ser o pontapé de saída que é tão necessário para combater o aquecimento global.

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