Os 9 efeitos do aquecimento global que ninguém conhece

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Do aumento das turbulências nos voos à queda no tempo das maratonas, confira algumas das consequências mais inusitadas que a elevação da temperatura média global do planeta nos reserva.

A emissão descontrolada de gases poluentes tem provocado em nosso planeta um significativo aumento da temperatura global nas últimas décadas.

Caso o homem não tome nenhuma medida para evitar estas mudanças climáticas, o meio ambiente pode apresentar uma série de problemas com consequências desastrosas para a vida em nosso planeta.

Saiba quais são os 9 efeitos do aquecimento global, efeitos que ainda não tem conhecimento mas que dão muito que pensar.

Multiplicação das cabras

Um novo estudo, publicado na revista científica Oikos, mostra que dois fatores principais são importantes para a sobrevivência das cabras: as horas de claridade do dia e a temperatura.

Para os caprinos da Escócia, que sofrem com o frio das áreas mais elevadas do norte do país, o aquecimento global pode ser uma dádiva.

A elevação das temperaturas parece estar tornando a vida um pouco mais fácil para os animais da região, que já começam a marcar território. O aumento da população de cabra selvagem e a mudança de seu habitat foi documentada pelo pesquisador britânico Robin Dunbar, da Universidade de Oxford e seu colega Jianbin Shi.

Adeus ao cafezinho

O nosso querido cafezinho também corre riscos. Segundo uma nova pesquisa, publicada na revista científica Plos One, essa bebida tradicional pode sumir do cardápio dentro de 70 anos devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas.

O estudo realizado por pesquisadores do Royal Botanic Gardens da Grã-Bretanha, em colaboração com cientistas na Etiópia, constatou que entre 38 e 99,7% das áreas adequadas para o cultivo da espécie arábica desaparecerá até 2080 se as previsões do aumento das temperaturas se concretizarem.

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Aumento de problemas cardíacos

É bom preparar o coração para as mudanças. Eventos climáticos extremos de calor e frio se tornarão mais comuns e isso vai colocar pressão sobre o coração das pessoas, dizem os cientistas.

Um estudo publicado no British Medical Journal concluiu que a queda de temperatura de 1ºC em um único dia no Reino Unido está ligado ao aumento de 200 ataques cardíacos.

Ondas de calor também geram efeito semelhante. Mais de 11 mil pessoas morreram por complicações cardíacas durante a onda de calor que atingiu a França na primeira metade de agosto de 2003, quando as temperaturas subiram para mais de 40ºC.

Voos mais turbulentos

Segundo estudo feito por pesquisadores das Universidades britâncias de Reading e East Anglia, as turbulências vão se tornar mais fortes e recorrentes se as emissões de CO2 realmente dobrarem até 2050, conforme prevê a Agência Internacional de Energia.

O aumento das concentrações de CO2 eleva a temperatura média global e acaba mudando a atmosfera por onde passam as rotas aéreas, tornando-a mais instável para os aviões.

Usando simulações computacionais para avaliar os efeitos do aquecimento sobre as condições de voo, os cientistas descobriram que as chances de uma aeronave atravessar uma turbulência aumentarão entre 40% e 170%. Já a intensidade da sacudidela poderá aumentar entre 10 e 40%.

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Queda na capacidade trabalho

Um estudo publicado na revista científica “Nature Climate Change” sugere que o aumento da temperatura global nos últimos 60 anos reduziu a capacidade de trabalho em 10%.

Pior, a previsão é de que “estresse térmico” poderá prejudicar ainda mais a aptidão do trabalhador para desempenhar suas funções nas próximas décadas. De acordo com a pesquisa, a capacidade de trabalho em 2050 será reduzida a 80% do que hoje.

Maratonas mais lentas

Embora o tempo dos vencedores de maratonas tenha melhorando gradativamente ao longo do século passado, essa tendência corre risco de diminuir diante do aumento das temperaturas.

Um estudo da Universidade de Boston indica que o aquecimento global poderá tornar as maratonas mais lentas, afetando o tempo das vitórias.

Mantida a tendência de aquecimento atual, de 0.058°C por ano, até 2100, a chance de detectar uma “desaceleração consistente no tempo de vitória da maratona” é de 95%, diz o estudo.

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Invasão de vegetação no Ártico

Um estudo liderado pela Nasa indica que as áreas florestais poderão aumentar 50% na região do Ártico, em decorrência do aumento médio da temperatura global até 2050.

Os efeitos para o meio ambiente e o clima não são animadores. Segundo os cientistas, a redução da área coberta por neve por causa da expansão das zonas verdes poderá reduzir refletividade da superfície terrestre na região, aumentando assim a radiação absorvida – e a temperatura.

Uvas não curtem calor, logo…

As uvas vinícolas são uma das culturas mais sensíveis ao calor, chuvas, incidências de sol e mudanças bruscas no clima. Não à toa, elas estão na mira do aquecimento global.

Segundo estudos mais recentes, a produção de vinhos em regiões consagradas, como Bordeaux, na França, pode cair cerca de 60% até 2050.

Em contrapartida, a mudança climática poderia também abrir outras partes do mundo para a produção de uvas, uma vez que os produtores teriam que procurar lugares mais altos e mais frios.

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Mais metano, mais aquecimento

Os efeitos do aquecimento global, acredite, também podem gerar mais aquecimento global. Estudo recente, publicado na revista Nature por uma equipe internacional de cientistas, mostrou que o degelo no continente antártico pode ser uma fonte importante, embora esquecida, de metano, um gás efeito estufa com potencial de aquecimento global 21 vezes maior do que o do CO2.

Ou seja, o derretimento do gelo pode liberar milhões de toneladas desse gás na atmosfera e agravar o aquecimento global.

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